Post atualizado em 19 de Dezembro, 2020 por Pâmela P.
Quem aqui nunca teve um perrengue de viagem? Nós já tivemos vários, mas os que mais nos marcaram aconteceram em Puno, no Lago Titicaca.
Para quem não sabe o Lago Titicaca fica na fronteira do Peru e da Bolívia e é considerado o mais alto lago navegável do mundo, ficando sua superfície a 3.812 metros acima do nível do mar.
Fizemos esta viagem em 2019 e conhecemos as ilhas flutuantes dos Uros, a ilha Amantani e Taquile, mas daremos foco aos perrengues que aconteceram em Puno e na ilha Amantani.
Bora se jogar com a gente no nosso perrengue de viagem e dar algumas risadas?
Capítulo 1
O ônibus “caliente”
Se soubéssemos que ficar em Puno e nas ilhas do Lago Titicaca seria tão cansativo, com certeza teríamos deixado esse destino no início da nossa viagem para o Peru e não no final. Quer dizer… na verdade a pessoa com quem fechamos o roteiro nos avisou, mas achamos que seria tranquilo, só que não!
Saímos de Cusco por volta das 22h em um ônibus semi-leito que apesar de não ser tão confortável, dava para descansar. Pelo menos era o que achávamos.
Como fomos no inverno, eu (Pâmela) estava lotada de roupa e como normalmente passo frio em ônibus, coloquei mais roupa ainda. O que eu não sabia, era que o ônibus tinha aquecimento e para ajudar eu sentei ao lado da saída do ar.
No início estava uma delícia, mas com o passar do tempo, comecei a passar mal de tanto calor e tive que ir tirando todas as roupas e meias. Quando vi, estava pingando e não consegui dormir direito a viagem toda.
A recepção virou um quarto
Finalmente chegamos em Puno por volta das 4h da manhã (um pouco antes do programado) e adivinha? Não tinha lugar para ficar ou para comer.
Falamos com nossa “guia” e ela enviou um motorista para nos pegar e nos levar até um hotel, onde passaríamos a “noite” no lobby e aproveitaríamos para tomar o café da manhã lá!
Como o intuito era economizar, não valia a pena pagar por um quarto para algumas horas (foi o que achamos e nos arrependemos depois… rs).
Dormimos no sofá da recepção e acordamos às 8h da manhã “quebrados” e fomos tomar o café da manhã, que para nossa sorte era maravilhoso. Tinham vários tipos de fruta, pães, frios e doces e parecia que finalmente as coisas estavam dando certo, mas calma que o perrengue de viagem está só começando.
Capítulo 2:
Corrida de rei
Fomos então conhecer as ilhas e a primeira parada foi na Ilha dos Uros onde tudo ocorreu bem e o nosso próximo destino era a Ilha Amantani, onde passaríamos a noite lá, na casa de moradores.
A família que iria nos abrigar nos recebeu muito bem e fomos com outros turistas para a casa deles. A casa era bem simples e muito aconchegante até deitarmos na cama, que parecia uma “pedra” de tão dura (rs). Tiramos um cochilo rápido e fomos almoçar.
Resolvemos fazer um passeio com outros turistas até uma ruínas presentes na ilha e no meio do caminho o Felipe começou a passar mal. Pois é, a comida não caiu bem e ele teve que voltar correndo para a casa tendo que passar o resto do dia como um rei enquanto eu terminava o passeio.
Se quiser saber como é viver por um dia com moradores locais, não deixe de ler meu post sobre Turismo de Experiência no Peru!
A tal da porta do banheiro:
Quando voltei e resolvi usar o banheiro, vi que no meio da porta havia um vidro e pedi para o Felipe ficar do lado de fora, em frente para que ninguém me visse e incrédulo ele soltou:
“Você está me dizendo que esse tempo todo que eu estava usando o banheiro as pessoas me viram pelado e eu não sabia?”
Como o sol batia direto no vidro e fazia reflexo, ele achou que era um espelho. Pois é…. se algum turista hospedado ou morador passou por ali bem na hora que ele estava usando o banheiro, o viram como ele veio ao mundo! A partir daí, passamos a ir em dupla ao banheiro.
Mas as surpresas não pararam aí. Sabíamos que nas ilhas não havia água quente, mas imaginamos que haveria chuveiro ou descarga, mas não, tudo era feito com balde e o banho era só com lencinho umedecido mesmo.
Lembra que comentei no capítulo anterior que me arrependi de não alugar um quarto quando chegamos em Puno? Pois é, passaríamos quase 3 dias sem banho.
Capítulo 3:
Sem ar
Na noite em que chegamos, haveria uma festa para os turistas, com músicas e roupas típicas. Estávamos muito ansiosos para esta “comemoração”, mas como o Felipe continuava passando mal e não havia um hospital na ilha, achamos arriscado ir.
Decidimos então ficar na casa e ao avisarmos a moradora que nos hospedou, vimos que ela ficou chateada. Falei com o Felipe para irmos e ficarmos só um pouquinho e caso ele passasse mal, voltaríamos para a casa.
Colocamos a roupa típica e lá fomos nós a pé até o “centro de convenções”. Ficamos na parte mais baixa da ilha, então, todos os locais turísticos ficavam acima e quase morri de falta de ar subindo as ruas com a roupa que estava muito apertada.
A saia era colocada acima da cintura e ficava como uma espécie de cinta que era amarada atrás. No meio da festa tive que pedir para o Felipe soltar, aí sim consegui aproveitar a festa, assim como o Felipe que não passou mal!
Catinga no barco
Em todas as ilhas andamos bastante, pegamos sol e passamos calor! Lembra daquela informação de quase 3 dias sem banho? Então… isso não era um “privilégio” só nosso, outros turistas passaram pela mesma coisa.
A diferença é que tínhamos noção e nos limpamos dentro do possível, passando um desodorante e um perfume, mas nem todos pensavam assim, então imagina o cheirinho bom que estava no barco de volta a Puno?
Capítulo 4:
Mortos, porém vivos!
Ao chegarmos novamente em Puno, decidimos alugar um quarto pelo Airbnb para podermos tomar um banho e dormir um pouco até o horário de saída do nosso ônibus para Cusco.
Eu estava com o corpo todo dolorido e decidi tomar um analgésico que nunca havia tomado antes. Assim que tomei, vi que ele não caiu muito bem, mas fui dormir mesmo assim.
Ao acordar fomos em uma padaria comer, mas o incômodo no estômago continuava, foi quando tive a brilhante ideia de tomar uma coca cola achando que conseguiria melhorar a digestão, só que não!
Chegando em Cusco o incômodo continuava ao ponto de eu não conseguir comer, até que ao retornar à São Paulo fui ao médico e descobri que estava com refluxo e lá se foi uma semana fazendo tratamento.
Final feliz?
É pessoal, essa viagem com certeza ficou marcada em nossas vidas. Se tudo tivesse acontecido conforme o planejado, com certeza não teria sido tão legal e não lembraríamos de tantos detalhes! Mas será que poderíamos ter minimizado os perrengues dessa viagem? Com certeza!
A gente poderia ter lido mais sobre as ilhas e identificado o quanto seria cansativo estes 3/4 dias e assim termos nos hospedado naquele primeiro hotel para um banho e descanso.
Sobre nossos problemas gastrointestinais, infelizmente não lembramos que o Felipe já tinha passado mal em outras viagens, mas se tivéssemos lembrado, poderíamos ter levado remédios específicos para “piriri” e ele teria aproveitado melhor a ilha.
Também não lembramos sobre o meu problema de refluxo com medicamentos novos e poderíamos ter levado o analgésico que já costumava tomar, terminando a viagem bem.
Os perrengues vem para nos mostrar que somos capazes de nos reinventarmos, darmos a volta por cima e que nada está no nosso controle, portanto, quando ocorrer um perrengue, não estrague sua viagem, relaxe e aproveite! Quem está na chuva é para se molhar!
É isso aí! Espero que tenha se divertido com nossos perrengues de viagem no Lago Titicaca. Caso tenha alguma dúvida ou sugestão, é só deixar um comentário!
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- Experiência Barbara – Como não alugar um carro na Turquia!
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- Mariscando – Perrengue de viagem em Bruxelas: o voo barato que saiu caro.
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Virginiana assumida e viajante profissional!
Amo sair para comer e descobrir novos restaurantes, ver filmes, conhecer novos destinos e estar com amigos e familiares.
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Adorei
Dei muita risada da porta do banheiro 🤣🤣🤣🤣
Só o Felipe para pagar estes micos né? kkkkkkkkk
Eu acho que vocês também tiveram soroche, pq tive alguns desses sintomas em puno que passaram logo que tomei a remédio milagroso deles para soroche, pena que só no dia seguinte. Mas conto essa história com mais detalhes no próximo texto dos perrengues bárbaros!
O Felipe passou bem mal lá! O meu foi de fato o remédio… no último dia! Kkkkkk vou querer saber!
Pam, apesar dos perrengues, que lucar incrível, não? Quero muito conhecer! Mas quando for já vou de olho nas dicas, pra tentar minimizar os perrengues! heheheh
Faça isso mesmo… É incrível, mas foi o lugar que mais tive perrengues na vida, na verdade no Peru todo… kkkkkkk
Pam, dei boas risadas! A do ônibus eu com certeza faria igual a você, já tenho esse costume porque tbm passo frio em ônibus haha e a do banheiro imagino a vergonha q ele não sentiu quando soube q pode ser observado de “rei” o dia todo 😂 eu levo farmacinha quando viajo e não fica de fora o remédio de piriri kkkkkk
Kkkkkkkkkkk eu não consigo nem imaginar os outros me vendo pelada… ia morrer! Quanto a farmácia, vou começar a levar uma… kkkkkkkk
Menina, que lugar lindo! Mas se não tem infraestrutura a virginiana aqui jamis irá conhecer o Lago Titicaca. Será que esse nome não tem alguma semelhança com xixi e caca? Socorro! Ainda bem que saíram vivos. kkk beijos
Ah, vai sim!!! Você não precisa passar a noite lá, pode passar só o dia. Nós que nos arriscamos… rs